O câncer de colo do útero (CCU) é uma realidade preocupante em Piracicaba, com taxas de incidência e mortalidade superiores à média nacional. No entanto, essa situação não precisa ser um destino inevitável.
Com medidas preventivas eficazes e um sistema de saúde pública fortalecido, podemos proteger as mulheres piracicabanas dessa doença e garantir-lhes uma vida mais saudável e plena.
O relatório do GLOBOCAN (2020) acende um alerta importante: a taxa de incidência de CCU em Piracicaba é de 15,1 casos por 100.000 mulheres, enquanto a média nacional é de 13,2. Já a taxa de mortalidade na cidade é de 5,1 mortes por 100.000 mulheres, contra 4,8 na média do país. Esses números evidenciam a necessidade de ações mais efetivas para o combate à doença.
É importante ressaltar que o CCU é altamente tratável quando diagnosticado em estágio inicial. O exame citopatológico, conhecido como papanicolau, é fundamental para a detecção precoce da doença. No entanto, a cobertura desse exame entre as mulheres atendidas pelo SUS em Piracicaba ainda é baixa, com apenas 29%, segundo dados do SISAB-MS.
Para além da prevenção, o acesso a procedimentos médicos também é crucial. Em 2023, de acordo com TabNet-DATASUS, foram realizadas apenas 4 excisões tipo 1 do colo do útero e 1 excisão tipo 2 em Piracicaba, e nenhuma do tipo 3. Essa carência de procedimentos coloca em risco a vida de mulheres que poderiam ser salvas com tratamento adequado.